segunda-feira, 19 de abril de 2010

Amor na latinha de leite

Existem momentos na vida em que alguém toca o seu coração sem perceber a profundidade daquela influência.

Quando li este texto anônimo fui movido a AGIR com mais rapidez! Espero que você goste também!

"Um fato real, dois irmãozinhos maltrapilhos, provenientes da favela - um deles de cinco anos e o outro de dez, iam pedindo um pouco de comida pelas casas da rua que beira o morro. Estavam famintos: `vai trabalhar e não amole´, ouvia-se detrás da porta; `aqui não há nada moleque...´, dizia outro... As múltiplas tentativas frustradas entristeciam as crianças... Por fim, uma senhora muito atenta disse-lhes: `Vou ver se tenho alguma coisa para vocês... coitadinhos!´ E voltou com uma latinha de leite.

Que festa! Ambos se sentaram na calçada. O menorzinho disse para o de dez anos: `você é mais velho, tome primeiro...´ e olhava para ele com seus dentes brancos, a boca semi-aberta, mexendo a ponta da língua.

Eu, como um tolo, contemplava a cena... Se vocês vissem o mais velho olhando de lado para o pequenino! Leva a lata à boca e, fazendo gesto de beber, aperta fortemente os lábios para que por eles não penetre uma só gota de leite. Depois, estendendo a lata, diz ao irmão: `Agora é sua vez. Só um pouco.´

E o irmãozinho, dando um grande gole exclama: `como está gostoso!´

`Agora eu´, diz o mais velho. E levando a latinha, já meio vazia, à boca, não bebe nada.

`Agora você´, `Agora eu´, `Agora você´, `Agora eu´...

E, depois de três, quatro, cinco ou seis goles, o menorzinho, de cabelo encaracolado, barrigudinho, com a camisa de fora, esgota o leite todo... ele sozinho.

Esse `agora você´, `agora eu´ encheram-me os olhos de lágrimas...

E então, aconteceu algo que me pareceu extraordinário.

O mais velho começou a cantar, a sambar, a jogar futebol com a lata de leite. Estava radiante, o estômago vazio, mas o coração trasbordante de alegria.

Pulava com a naturalidade de quem não fez nada de extraordinário, ou melhor, com a naturalidade de quem está habituado a fazer coisas extraordinárias sem dar-lhes maior importância.

Daquele moleque nós podemos aprender a grande lição, `quem dá é mais feliz do que quem recebe´. É assim que nós temos de amar. Sacrificando-nos com tal naturalidade, com tal elegância, com tal discrição, que os outros nem sequer possam agradecer-nos o serviço que nós lhe prestamos".

Você já encontrou meninos como estes acima? Como você reagiu? Na próxima vez que encontrar uma criança carente pergunte-lhe o seu nome e ofereça algo mais do que uma lata de leite - ofereça um pouco da sua atenção!

Como você poderia hoje encontrar um pouco desta "felicidade" fazendo a vida de alguém melhor, mais "gostosa de ser vivida"? Vamos lá, levante-se e faça o que for necessário!




(Autor Desconhecido)
Retirado do Site Getsêmani
www.getsemani.com.br

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